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O CASO DE BETH THOMAS, 1984, EUA

Atualizado: 9 de mar. de 2024

É um crime fazer referências à psicopatia sobre uma "criança" de seis anos.



Objetivo da resenha: a atividade tem como objetivo o entendimento de perfis criminais.

Disciplina: anatomia e fisiologia do sistema nervoso do curso de Especialização em Neurociência Criminal e comunicação-Não Verbal. Universidade: Unyleya.

Professor: Danilo Candido Bulgo.


RESUMO DO CASO

Dados essenciais

Local - Arizona - Estados Unidos da América;

Data - 1984;

Vítimas e pacientes - Elizabeth Thomaz e o irmão Jonathan Thomaz. Por questões de privacidade e ética à paciente e vítima, a chamaremos de 'Vítima-B'

Especialista e terapeuta - Dr. Ken Magid;

Flagrantes - após denúncia a polícia encontrou as crianças encontradas em meio de sujeiras de semanas, sem higiene e sem comer;

Diagnóstico - " distúrbio de apego ", conforme descrito no DSM-5, causado por abusos e maus tratos severos e graves;

Referência - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 4 edição.

Tratamento - internação para tratamento de R.A.D.

Adoções - 'Vítima-B' tinha 2 anos e o irmão alguns meses;

Tipificação e natureza dos crimes sofridos por vítima e seu irmão - abuso sexual psicológicos; abuso físico; abuso sexual; abandono e negligência familiar e maus tratos físicos, higiene e mentais.


INTRODUÇÃO


Tanto a avaliação psicológica quanto o aspecto biopsicossocial e quanto à psiquiátrica na definição de inimputabilidade são essenciais ao tratamento compulsório ou não, nas penalidades qualificadas ou não e também no acompanhamento de subserviência, após o cumprimento da penalidade em regime de reclusão.



A proximidade do entendimento do indivíduo, geralmente no acometimento de crimes e infrações, no relato de caso, traz em especial, a omissão do estado, dos familiares, a fragilidade da vítima (três vezes) e a ineficácia do sistema penal do Brasil, resultante na composição do ser humano nas suas ações, crenças e percepções.


A prática da psicologia e psiquiatria forenses, investigativa com base na aplicação da psicologia em sua totalidade, nos  casos que envolvem investigação criminal, é interdisciplinar e basilar no resultado, conforme citado acima.



UM RESUMO DA 'VÍTIMA-B'

'Vítima-B', nasceu em junho de 1982 nos EUA e aos 6 anos obteve uma personalidade cruel e sádica, resultado de abusos e violência quando era apenas um bebê. Após perder a mãe durante seu parto ela e o irmão Jonathan ficaram sob a guarda do pai, alcoólatra e abusador. E, em 7 meses de abusos incessantes, acabou tendo hemorragia na vagina e teve de ser hospitalizada. Possuía acessos de raiva graves, desobediência preocupante ou comportamento manipulador, configurando um caso gravíssimo de patologia.


Assim que foram adotados o entendimento e percepção do estado físico e mental das crianças foram percebidas pelos pais adotivos e por especialistas procurados. A convivência na primeira adoção foi descrita pelos pais como “chocante e difícil” em função das reações de 'Vítima-B'.


O flagrante evidenciou que ambos os irmãos foram molestados ​​sexualmente e abusados pelo genitor quando ainda eram bebês. Eles também foram negligenciados e acabaram sendo adotados juntos em outro lar.


SINTOMAS DO TRANSTORNO E SINAIS DAS CAUSAS

Os sintomas observados pela família e pelo especialista são:

  • pesadelos com um homem que alegada cair sobre ela e a machucar constantemente;

  • beliscava, mordia, socava o irmão.

  • molestava o irmão;

  • se masturbava em qualquer local e em público até sangrar;

  • tentativa de assassinato através de esfaqueamento;

  • torturava animais vivos para que fosse ao óbito;

  • sucessivas tentativas de assassinato por sufocamento (irmão com travesseiro), esfaqueamento (irmão e cachorro da família), filhotes de pássaros, lacerou a cabeça de um colega de classe com pedaço de vidro;

  • alfinetadas e introdução de seu dedo no ânus do irmão;

  • insinuava-se sexualmente para seu avô;

  • apresentava quadros e reações de hiperssexualização, adultização, agressividade, violência, falta de empatia e remorso; e aversão por pessoas (misantropia);

  • recusava qualquer tipo de afeto;

Em narrativa, em especial foi a de seus sonhos onde afirmava que um “um homem caia em cima dela e a machucava” sugerindo um estado alcoólico do pai no cometimento dos abusos, e que é comum e típico nesses casos de abusos intrafamiliares.


As evidências de sua personalidade e transtorno ficaram claros durante a entrevista investigativa na forma escrita, desenhada e falada ao psicólogo clínico, e responsável pela vítima. Entre eles estão:

  • vontade declarada de matar os pais e o irmão falava em sessões de terapia sem nenhum remorso;

  • exacerbou raiva e ódio com gestos obscenos, berrava, jogou o irmão do berço ao chão para agredi-lo;

  • menciona que torturava animais;

  • menciona que molestava frequentemente sexualmente seu irmão Jonathan até as partes íntimas sangrarem e ou ficarem sujas;

  • forma de falar e olhar de deboche e 'falsa vitimização' nas entrevistas;


A narrativa é calma, natural (à ela), desinibida e tranquila. Ao mencionar atos de crimes de tortura, maus tratos e tentativas de assassinato do irmão e de animais ela fica "desconfortável" piorando quando é mencionada as práticas contra o irmão e os pais adotivos no relato em especial à tentativa de assassinato dos pais.


Em uma das entrevistas que fora filmada e veiculada (e que não poderia), o especialista a questionou sobre ela as agressões ao irmão e se o chão do porão era duro e de cimento e sabe que o irmão ficava machucado. Ela responde que: _"sim, mas que não podia parar de fazer aquilo", e ela respondeu que tinha ciência.


A 'vítima-B" narra que sumiu com as facas da cozinha e depois sugeriu à mãe de forma cínica perguntado à ela onde estavam as facas “grandes e afiadas” e que estava com ela. Manipulava e mentia para a mãe negando que não tinha visto os passarinhos.


Também que belisca e aperta e chuta o irmão mesmo ele pedindo para ela parar e que esfrega as s suas partes íntimas em seu irmão “ate ficar ruim, com sangue, sujeira e germes. O especialista fala sobre tamanho e fragilidade dos bebês passarinhos, ela olha com olhar de desenho. Também demonstra deboche quando ele menciona a fragilidade e proporção dos passarinhos.


Diz ao psicólogo que “quando ela é malvada, ela não pode ficar perto das pessoas”, que machucava as pessoas com alfinetes, queria matar o irmão (nesse momento ela fica desconsertada).


Relata em desenhos como o pai ‘tocava a sua vagina’ e que deveria ser ‘até sangrar’. Nesse momento ela mostra pontos de ‘lágrimas’ dela.



AS VÍTIMAS DE 'Vítima -B'

Sempre em situações ou condições de desvantagem para a prática de agressão, e abuso sexual, no caso animais de estimação e de porte pequeno e o irmão, respectivamente e chegou a mencionar que pretendia atacar os seus pais adotivos durante a noite.


Quando questionada sobre o porquê de ela agir dessa maneira, ela respondeu que queria que todos sentissem tudo o que ela sentiu quando sofria abusos do seu pai e a ciente de que estas ações causaram muito sofrimento na outra pessoa, com calma, ela respondia que sim, que era exatamente isso que ela queria.


O PROCESSO DE ADOÇÃO

Após a identificação dos crimes contra as crianças, 'Vítima-B' com 2 anos e Jonathan de 7 meses, foram adotados pelo casal J.T e J.T. em 1984 que lhe deram acolhimento, proteção, amor e conforto.


O processo de adoção foi rápido e sem informações reais do cenário no qual as crianças foram expostas e viviam. Os pais foram enganados com informações de que as crianças eram saudáveis e livres de qualquer trauma psicológico sob a alegação de confidencialidade de históricos dos infantes.



DIAGNÓSTICO - TRANSTORNO REATIVO DE APEGO - R.A.D (Usa) ou D.A.R. (Brasil)

Esta não tinha noção nem consciência do que era bom e do que era mau, do que era correto e do que não era, uma vez que nunca teve oportunidade de viver numa outra realidade sem ser a do abuso e violência.


Sem consciência do certo e errado e da maldade a vítima recebia afeto e carinho dos pais sendo incapaz de trocar amor, afeto e empatia.

devido ao fato de ter aceitado num ambiente desprovido de amor e confiança e a tudo aquilo a que esteve sujeito durante os seus primeiros anos de vida.


Em 1989, o Psicólogo voltou às origens psicológicas da garota identificando o R.A.D. transtornos de apego reativo distúrbio psicológico de crianças e bebês, caracterizados pela falta de sociabilidade antes dos cinco anos de idade, levando ao comportamento com traços de psicopatia em crianças.


O transtorno definido como R.A.D, o D.A.R no Brasil é definido por uma falha em formar vínculos normais com cuidadores primários na primeira infância, resultada de experiências graves de negligência , abuso , separação abrupta dos cuidadores entre as idades de seis meses e três anos, mudanças frequentes de cuidadores ou falta de capacidade de resposta do cuidador aos esforços comunicativos de uma criança. a análise de apego distingue-se em inseguro e desorganizado que levam à dificuldades interpessoais e comportamentais mais tarde na vida.


A condições de persistência e gravidade definem estes transtornos. Se a condição existe há mais de 12 meses e possui todas as características do quadro então é grave.


Os transtornos relacionados a trauma e a estressores estão ligados diretamente ao transtorno de apego reativo; ao de interação social desinibida; ao de estresse pós-traumático (TEPT); ao de estresse agudo e ao de adaptação. Esse quadro heterogêneo há muito já foi reconhecido também nos transtornos de adaptação. A negligência social define o R.A.D e T.I.S.I, respectivamente transtorno de apego reativo e transtorno de interação social desinibida.


É diferenciado de transtorno invasivo do desenvolvimento ou atraso no desenvolvimento e de possíveis condições comórbidas , como deficiência intelectual , todas as quais podem afetar o comportamento de apego.


A Associação Americana de Psiquiatria lançou a edição 5 do DMS, em 2014, lançou o Manual de Transtornos Mentais, apontando (F94.1) Transtorno de Apego Reativo como um dos Transtornos Relacionados a Trauma e a Estressores. Segundo o DSM - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais tem a função de auxílio em pesquisas e teorias na saúde mental. Na referência no DSMS IV e V sobre a desinibição se encaixa , coloca 'Vítima-B' com um RAD de tipo II, visto que a definição foi alterada para ‘Transtorno do Engajamento Social” diferenciada pela característica da desinibição. Possui três eixos para a análise como perturbações de ansiedade; alterações do humor e perturbações relativas à infância e à adolescência.


A escrita, a fala e a expressão no desenho em crianças é mais que sincera, mas a expressão corporal facial é maior ainda pois as emoções primárias transmitidas pelo rosto são universais independente de sua cultura (Aronson, Wilson e Akert - 2015).


No caso de 'Vítima-B' é notável considerando o fator de desinibição e naturalidade com que narra os fatos. Expressa tristeza quando questionada sobre esfaqueamento dos pais e quando foi resgatada do lar abusivo expressava medo com os olhos abertos e os dentes fechados e 'trincados'.


Na clínica em tratamento e narra para o documentário seu arrependimento pelas coisas que cometeu, ela nesse momento está consciente de sua trajetória demonstra tristeza pelos atos cometidos, pois sorria quando fala da sua superação e chora com olhos marejados quando fala de como era.


Cerca de 1-2% das crianças podem sofrer de RAD, . Até 5% das crianças colocadas neste sistema podem sofrer de RAD. Os dois primeiros anos de vida de uma criança são cruciais para desenvolver um senso de apego e uma consciência. 'Vítima-B' e seu irmão não tiveram essa oportunidade e desenvolveram Transtorno de Apego Reativo (RAD).


O R.A.D não tratado, os sintomas se tornam perigosos levando a confusão no diagnóstico do transtorno de psicopatia e dentre outros anti-sociais. Até os 8 anos de idade uma criança desenvolve empatia, mas no caso do R.A.D. que leva ao desenvolvimento tardio resulta na incapacidade de confiar, sentir compaixão ou sentir remorso por mau comportamento levando o indivíduo a periculosidade para com terceiros.


Existe uma fala pouco infantil em sua resposta, porém positiva: _”quando eu machuco alguém, eu machuco a mim mesma.” Relata isso constrangida, com olhos marejados e cabisbaixa sugerindo um constrangimento, mesmo que sutil (documentário feito junto de 'Vítima-B' e o seu psicólogo clínico e especialista sobre o caso 1992).


OS TRATAMENTOS

O tratamento inicial foi o R.A.D., terapia especializada em transtornos de apego reativo comuns a bebês e crianças devido à sociabilidade antes dos cinco anos de idade. O Psicólogo Clínico especializado em tratamento de crianças vítimas de abuso sexual grave, Dr. Ken Magid foi o responsável pelo tratamento que era “rigoroso” inclusive com o intuito de respeito às regras sociais. Eles incluíam: internação em clínica especializada, em clínica em locais especializados em crianças e terapia contínua.


RESULTADOS

Após anos de terapia intensiva, ela apresentou culpa genuína por ter causado dor aos pais e ao irmão e começou a responder a afeições, a ter empatia. Com disciplina, apoio e elogios, ela passou a ter autoestima, culpa quando necessário; certo e errado, bom e mau, demonstrações de afeto e carinho.


O desenvolvimento de uma consciência fez o seu especialista demonstrar confiança dando-lhe privilégios à medida que respondia bem às regras e práticas.


A expressão de ódio e assassinatos foram extintas lentamente e também aprendendo a lidar com as consequências do que vivenciou.


Aprendeu a ter consciência das suas próprias ações através da sensibilização, aumentando a sua autoestima. Além de consolidar seus hábitos funcionais para o convívio social, também desenvolveu capacidade de aceitar certas normas e de gerir, canalizar e entender o motivo da raiva que sentia. Passou a frequentar a escola pública, ir à igreja, a interagir socialmente e demonstra certa afeição pelos animais e algumas pessoas que vemos no documentário. Quando ela falou sobre seu abuso anterior contra o irmão, Jonathan, ela chorou compulsivamente.


O terapeutas como José Luiz Cano consideram que 'Vítima-B' aprendeu a fingir, porque a sua dor e o seu ódio não foram tratados, mas somente as consequências das suas ações negativas. Aprendeu a fingir e reprimir seus instintos psicopatas alegando que a mesma aprendera a empatia e remorso quando alguém estava ferido.


'Vítima-B" desenvolveu afeto com Nancy Thomas que trabalhava na clínica onde fora tratada, preferindo a convivência com Nancy aos pais adotivos.


O documentário mostra as suas reações e percepção após dez anos com o método R.A.D. ficando evidente pela sua voz (calma e tonalidade); o seu olhar tranquilo; o sorriso (com graça e sinceridade); e o seu choro carregado de mágoa e com a narrativa de sentir mal pelo que fazia ao ser abordada pelo repórter.


AS CONTROVÉRSIAS DA "TERAPIA DO APEGO" - 'PSEUDOCIÊNCIA' QUESTIONADA E QUESTIONÁVEL

A “terapia de apego” inicialmente definida como “terapia de redução da raiva" é controvertida pela Associação Médica Americana que a aponta como “pseudocientífica” e “abusiva”.


O especialista que aplicava a ‘terapia’ foi condenado por abuso infantil por administrar terapia de "renascimento" que causou a asfixia de sua "paciente", em julgamento. Em 2001, Connell Watkins, o médico que tratou de 'Vítima-B', foi considerado culpado de abuso infantil negligente em relação à morte de uma menina de 10 anos. 'Vítima-B', que tinha 15 anos na época e havia se recuperado, testemunhou em defesa de Connell no julgamento.


A sentença foi de sete anos de uma pena de 16 anos de prisão e proibição desta prática ao fim do cumprimento da pena (2008).


A CRIAÇÃO DA LEI “CANDACE” CONTRA TERAPIAS DE FIXAÇÃO

O terapeuta realizou uma fatal sessão conhecida como um " renascimento " em uma menina de 10 anos chamada Candace Newmaker e que resultou em óbito por asfixia da mesma. Segundo um investigador que assistiu à fita, houve um lapso de 20 minutos entre a última respiração da garota que pôde ser ouvida e o momento em que os cobertores foram retirados.


Em 19 de maio do ano 2000, em Denver (Colorado, EUA), a vítima e paciente durante uma sessão fatal de dez horas chamada de "renascer', disse sete vezes aos terapeutas que não conseguia respirar e seis vezes que ia morrer e a resposta do terapeutas foi: _“Se você quiser nascer, precisa empurrar forte ou você quer ficar aí dentro e morrer?"


O método é de sufocamento simulando o momento do parto A paciente foi envolvida de flanelas para representar um útero e disse para se libertar. A paciente não conseguiu se libertar, perdeu a consciência e morreu mais tarde. O objetivo do método era “reviver” o momento do parto e permitia os pais a assistirem a sessão.


O caso foi a motivação por trás da "Lei de Candace" no Colorado e na Carolina do Norte, que proibiu encenações perigosas da experiência do parto. A Câmara dos Representantes e o Senado dos EUA aprovaram separadamente resoluções pedindo ações semelhantes em outros estados.


A VÍTIMA E PACIENTE ATUALMENTE

'Vítima-B' se formou em enfermagem e trabalha como enfermeira registrada no Flagstaff Medical Center, no Arizona, Estados Unidos da América desde o ano de 2005. A sua atribuição é UTI neonatal que atende bebês e mães.


É escritora (junto da sua segunda mãe adotiva, Nancy Thomas), e publicou as obras “More Than a Thread of Hope” e “Dandelion on My Pillow , Butcher Knife Beneath”.


Trabalha na empresa de consultoria de Nancy, Families by Design: Nancy Thomas Parenting, que promove terapias voltadas para crianças. De acordo com seu site, a empresa ajuda a “oferecer informações sobre adoção, apego, trauma precoce e transtorno de apego reativo (RAD) para famílias e profissionais”.


Embora Nancy Thomas não estivesse envolvido na morte Newmaker, ela continua a ser associada com a clínica que tem sido responsabilizada.


Na página loja do site da organização pode-se encontrar artigos e outras mídias publicadas a respeito do tema e na internet de forma geral podemos encontrar registros de artigos que citam 'Vítima-B' e sua atuação profissional, assim como algumas informações sobre sua vida pessoal que relatam que ela casou e tem filhos.


CONCLUSÃO

Para Joseph Luis, um terapeuta defende que a 'Vítima-B' aprendeu a controlar seus sentimentos de raiva, tomar consciência de seus atos através da sensibilização e autoestima, o que a força desenvolver a capacidade de aceitar normas e gerenciá-las, canalizando e entendendo o motivo que a faz sentir raiva.


Terapeutas como Joseph Luis consideram que, tecnicamente, 'Vítima-B' aprendeu a fingir, porque sua dor e o seu ódio não foram tratados, mas somente as consequências das suas ações negativas. Não se pode afirmar sobre os sentimentos reais dela e de qualquer paciente da mesma forma tratado e com resultados similares.


Segundo informações oficiais, o Transtorno de Apego Reativo é um distúrbio psicológico grave e está listado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e se desenvolve durante a infância e ainda não pode ser completamente curado.


Família abusivas preferem adotar crianças que permitem a prática, com o caso da ex-família 'Turpin' (vítimas com outro sobrenome) que ao serem libertos de trinta anos de cárcere ainda sim foram adotados sem critérios por famílias abusivas, piorando o seu trauma.


Um bom exemplo de que as relações de proximidade e intrafamiliares não são tão românticas quanto o pelo familiar conceitua e os crimes de homicídios. Em sua maioria são praticados por pessoas próximas e ou não com afetos. Outro exemplo, onde os filhos 'problemáticos' apresentados como o problema são os casos de pais e responsáveis com traços de narcisismos, um sofrimento sistêmico e silenciosos.


Pessoas abusivas (abusadores) tem uma tendência a escolher um alvo, uma vítima anteriormente "desacreditada" pelo agressor apoiada em sua rede de apoio. Essa rede geralmente familiares, amigos da vítima e pessoas próximas jamais acreditaria nas narrativas de acusação da vítima ou das vítimas por serem contaminadas pelo 'veneno' vitimista do agressor. Nesse casos os abusos intrafamiliares são índices alarmantes ao passos que a legislação não anda na mesma velocidade.


A exploração do fato de forma midiática e sem uma proposta de mudança efetiva principalmente na legislação e modificação dos atos considerando a quantidade de exploração sexual infantil capitalizada e dos abusos subnotificados em quase 70% em números oficiais de 12 mil abusos no Brasil, como por exemplo, romantiza doenças mentais, seja pela condição biológica/genética ou adquirida por eventos traumáticos e de doença.


Uma doença mental herdada geneticamente somada aos fatores de maus tratos, abusos ou traumáticos sem um tratamento e forma assistida piora o que poderia ser controlado e em alguns casos tratado.


A perícia quanto à saúde e condição mental e algumas tentativas de ter um protocolo para ‘traçar’ um perfil criminológico com base na sistematização do perfil e característica são insistentes, porém como menciona o médico e psiquiatra forense Talvane Marins de Moraes “é impossível palpar a personalidade de um indivíduo…” (Seminário de Criminologia, OAB-RJ  no ano de 2023) e completa, o entendimento é um estudo sistemático diário e mais profundo de uma pessoa.


Defende quanto a rasura do uso de ferramentas ou protocolo somente ao invés do estudo do indivíduo em sua totalidade e em seu aspecto biopsicossocial.

Fato é que a saúde mental é abandonada tanto no tratamento quanto ao controle social que a envolvem. O caso da 'Vítima-B' evidencia além de uma forma desrespeitosa e barata de exposição de vítima de abuso.





Fontes referências:


Relações entre abuso sexual na infância, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e prejuízos cognitivos. Autoras: Jeane Lessinger Borges/ Débora Dalbosco Dell´Aglio: www.scielo.br/pdf/pe/v13n2/a20v13n2.pdf/ref


https://www.impala.pt/noticias/menina-psicopata-irreconhecivel/#&gid=1&pid=8

https://www.graduatez.com/view/crazy-girl-adult/&page=5.

https://www.livingmgz.com/life/six-year-old-beth-thomas-diagnosis-left-everyone-stunned/5.html.

https://www.graduatez.com/view/crazy-girl-adult/&page=16

https://www.impala.pt/noticias/menina-psicopata-irreconhecivel/#&gid=1&pid=8

https://www.perdavvero.com/beth-thomas

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